sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

8ª pena caída

O mês de abril começou e eu decidi voltar pro meu quarto, pois desde quando eu comentei com pai sobre um rapaz no meu quarto, ele preferiu me deixar durmindo no quarto dele, que era no fim do corredor, longe da entrada da porta. - Pai, ele entrou pela porta...devia ser amigo de Miguel - menti, pois no fundo eu sabia que não era, mas não queria que pai se preocupasse e ele se preocuparia mais se soubesse que ele ficou lá até sabe-lá-que-hora. - Não quero nem saber! Mesmo se fosse amigo dele, o que ele iria querer com você?- disse com um tom ciumento. Mas desta vez não havia para onde correr, eu iria voltar para meu quarto. De noite, no meu quarto, depois de ter tocado violão em frente de casa, entrei para tomar um banho e durmir. Após ter feito tudo, sentei no tapete para que eu pudesse pensar um pouco na vida enquanto escutava música, amo fazer isso, então deitei e deixei a janela aberta, liguei o abaju e fiquei lá deitada... pensei em mim, pensei na minha vida, na minha mãe ainda longe, no meu pai e suas lágrimas, no meu irmão e seu desempenho, pensei nos meus animais que já nem dava a mínima, nos amigos que sumiram, nos amigos que eram irmãos e se mostravam sempre presentes, pensei na dor e pensei nele, o rapaz misterioso. Seu sorriso...tão malicioso e envolvente,os lábios dele pareciam me convidar para uma dança inimaginável, onde a melodia seria sua voz sussurrando belas palavras em meus ouvidos...lembrei de seus cabelos...iluminados...seu rosto...parecia até um anjo...ao qual tivesse sido tecido em linha de ouro e esculpido com o mais sublime sentimento. Fechei os olhos enquanto lembrava daquela cena...a música que tocava não era mais My own prision, mas Never think (Robert Pattinson), uma música mais doce, suave...com uma melodia de penetrar pensamentos...lembrei de seus olhos...eram os mais misteriosos...pequenos e pareciam esconder um mundo dentro de si. Quando abri os olhos, no canto oposto da parede, lá estava ele sentado...

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